Bullying e violência na escola: como enfrentar?

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Recentemente tivemos conhecimento do gravíssimo fato ocorrido em uma escola de Goiânia, onde inocentes foram alvo da ação de um colega. Outros acontecimentos análogos de violência – fogo em creche de Janaúba (MG) e contra o índio Galbino (Brasília); os massacres em escolas em Realengo (RJ) e Columbine (EUA) – vêm, de longa data, nos causando perplexidade, porém não podem nos paralisar! Mais do que fatos isolados, são sintomas de uma sociedade atordoada, com valores distorcidos e despreparada para enfrentar os desafios socioemocionais que o mundo, em acelerada mutação,impõe.

Casos de violência escolar são mais constantes do que imaginamos. De acordo com um estudo inédito da consultoria IDados, 55% das escolas brasileiras analisadas registraram agressões físicas ou verbais a funcionários e alunos em 2015. E, ao contrário do que se imagina, esses casos acontecem com mais frequência em escolas de situação socioeconômica média e alta (61%). O índice é um pouco menor nos colégios de situação menos favorecida (43,6%).

As causas que levam à violência podem ser inúmeras. O bullying está entre elas. A ausência de desenvolvimento das habilidades socioemocionais das nossas crianças é comprovadamente o fato gerador de atitudes agressivas e violentas. Faltam a muitas crianças, jovens e mesmo adultos as ditas habilidades de vida, inteligência emocional! A lucidez ao abordar a questão da violência e a perspectiva na qual a mesma deve ser enquadrada são a chave para alcançarmos uma solução. Devemos focar as causas, não as consequências. Prevenir, e não apenas remediar, passa pela capacidade dos professores de desenvolver em seus alunos as tais habilidades socioemocionais.

A família tem papel primordial na construção dessas habilidades, mas a escola também tem encarado o papel de reforçar valores, princípios e conceitos como: gentileza, sociabilidade, resiliência, colaboração, apoio, assertividade, feedback positivo, entre vários outros indispensáveis ao pleno desenvolvimento do ser humano. Sabemos da consciência de muitos educadores neste sentido. Falta, porém, uma metodologia para transcender a intenção e o desejo e propor ações práticas. Sem isso, pouco se pode esperar em termos de transformação da realidade. É preciso que haja métodos eficazes, que emulam a “residência médica” entre os professores, garantindo uma adoção suave dos processos, a fim de assegurar uma práxis educativa com bons resultados. Um processo adequado, aliado a conteúdos de qualidade, facilita a preparação dos professores para enfrentar os desafios que hoje se impõem no ambiente escolar.

Objeto de estudo e desenvolvimento de metodologias para enfrentar tais questões, centros internacionais de excelência em Formação de Professores têm disseminado técnicas para o desenvolvimento das habilidades socioemocionais entre os docentes. O Planneta Educação trabalha há mais de 10 anos junto às melhores instituições educacionais, como o National Institute of Education, de Cingapura e Harvard Education School, em Cambridge (EUA), visando oferecer conhecimento e métodos aos educadores brasileiros para que estes possam exercer seu ofício com sabedoria e paz, bem como alcançar resultados cognitivos e socioemocionais robustos, para seus alunos. Os frutos desse trabalho advém das formações e materiais riquíssimos disponibilizados aos educadores.

O futuro de uma nação depende fundamentalmente da qualidade da educação ofertada a suas crianças e jovens e esta, por sua vez, depende da metodologia de formação colocada à disposição dos educadores, pois são eles, em última instância, que forjam o futuro da nação.

Luis Antonio Namura Poblacion é Presidente do grupo Vitae Brasil

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