O Centro de Inclusão Social (CIS) da Universidade de São Paulo (USP), do campus em São Carlos, no interior paulista, oferece bolsas de pré-iniciação científica para estudantes da rede pública de ensino. Atualmente, onze alunos recebem o incentivo para que tenham aulas de matemática na universidade, em busca de qualificação profissional.
Para facilitar o entendimento da disciplina, as aulas proporcionam aos estudantes um aprendizado interativo, com o auxílio de robôs. Drones, carrinhos, braços robóticos, bolinhas programáveis e diversos itens ajudam a transmitir conteúdo por meio de uma metodologia mais atraente.
“Já utilizamos os robôs para ensinar conceitos de função, ângulos, velocidade, gráficos e até gravidade”, revela Walter Bezerra Neto, monitor da turma e aluno do curso de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC).
Oferecidas pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Sistemas Autônomos Cooperativos (InSAC), sediado na USP, as bolsas de estudo são um instrumento de estímulo aos jovens para que eles fortaleçam seu conhecimento e se preparem para os desafios na carreira.
Escolhidos pela Diretoria Regional de Ensino de São Carlos para integrar o projeto, os onze alunos participantes têm entre 14 e 16 anos e assistem às aulas todas às quartas-feiras, no período da tarde.
“Utilizar a tecnologia para se aprofundar em tópicos matemáticos pode ser muito importante para que eles, por exemplo, se saiam bem no vestibular. Além disso, essa experiência contribui para que os adolescentes vislumbrem as carreiras que desejam seguir”, ressalta Marco Henrique Terra, coordenador do InSAC e professor do Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação (SEL), da EESC.
“Depois que eu entrei no projeto, vi o quanto a matemática é realmente difícil. Sempre tive facilidade na disciplina simples da escola. Tomei um choque de realidade”, avalia o bolsista Daniel Henrique Lourenço, de 15 anos.
“Minha participação mudou a forma como eu comecei a enxergar os cálculos matemáticos. O professor Walter conseguiu passar a ideia de que não é só pegar uma conta e resolvê-la, mas sim entender o raciocínio de uma maneira mais completa”, salienta o estudante Abel Correia, também de 15 anos.
Segundo Walter Bezerra Neto, após alguns meses de atividades, o feedback obtido dos estudantes tem sido positivo. O monitor, que decidiu participar do projeto pelo interesse na área de ensino, revela que os jovens chegam até mesmo a pedir lista de exercícios para fazer em casa.
“Isso mostra que eles realmente querem aprender. É muito gratificante quando um aluno interage com o robô e diz que entendeu a matéria. Sem dúvida, é uma recompensa enorme saber que eles levarão na bagagem pelo menos uma parte do conhecimento que foi passado”, acrescenta o futuro engenheiro.
Por: Portal do Governo. Foto: Divulgação.
Comentários