A tecnologia é cada vez mais usada nas mais de 5 mil escolas estaduais de São Paulo. Para verem na prática os conteúdos estudados em sala, os docentes têm se dedicado às matérias eletivas de Robótica. Em Mogi das Cruzes e Taubaté foram desenvolvidos protótipos que facilitam a locomoção de pessoas com deficiência visual.
Na EE Dr. José Marcondes de Mattos, em Taubaté, supervisionados pelo professor de Física Ednilson Luiz Silva Vaz, três alunos do 2º ano do Ensino Médio trabalham no desenvolvimento do Dispositivo Sensorial de Auxílio à Mobilidade (DSAM). Com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, um dos alunos do grupo, cujo amigo é deficiente visual, propôs o desenvolvimento de um protótipo de óculos que auxiliasse na locomoção das pessoas com deficiência visual.
O DSAM possibilita uma maior autonomia do deficiente visual nas suas atividades cotidianas. O equipamento identifica a presença de objetos localizados acima do solo, fora da zona de ação da bengala, evitando acidentes. O funcionamento do protótipo acontece por meio de um sensor ultrassônico que emite um alarme quando um obstáculo é atingido. O sinal retorna ao sensor interpretando a distância do objeto em relação ao indivíduo. “O diferencial do trabalho é que ele está sendo testado por um aluno deficiente visual da mesma turma dos estudantes que estão desenvolvendo os óculos”, frisa o educador.
Já na EE Professora Irene Caporali de Souza, em Mogi das Cruzes, sob a coordenação da professora de Matemática e responsável pela disciplina eletiva de Robótica, Josana Jacob Lisboa, os alunos do Ensino Médio desenvolveram o protótipo intitulado “Visão Além do Alcance – Aparelho para auxílio de pessoas com deficiências visuais”.
O material desenvolvido por três alunos – uma estudante do 2º ano do Ensino Médio e outros dois alunos que faziam parte 3º ano do Ensino Médio em 2017 e que atuam como monitores na disciplina de Robótica – também tem como objetivo auxiliar pessoas com baixa ou nula visão a se locomover com mais segurança.
O protótipo está acondicionado em um colete, cujo sensor ultrassônico instalado na região do tórax aponta a distância de obstáculos. Além disso, um buzzer emite alarme sonoro para que o usuário não choque com os objetos em seu entorno.
A tecnologia foi criada depois de a equipe verificar que portadores de deficiência visual ou baixa visão eram vítimas de colisões na região do tórax em lixeiras suspensas, caixas de luz, galhos baixos, entre outros.
Tanto os estudantes de Mogi das Cruzes quanto os alunos de Taubaté usaram a Arduino, plataforma aberta de prototipação eletrônica. Os projetos serão apresentados na 5ª edição da FeCEESP (Feira de Ciências das Escolas Estaduais de São Paulo).
Reportagem: Da redação. Foto: Divulgação.
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