O material didático nada mais é do que um instrumento de apoio educacional que oferece ferramentas de suporte ao processo de aprendizagem. Seja on-line ou impresso, pode ser utilizado pelo estudante para tomar conhecimento sobre um assunto ou, até mesmo, sistematizar conceitos e desenvolver habilidades. O livro, por muito tempo, foi o principal instrumento de apoio à aprendizagem, e muitas vezes, de forma equivocada, se sobrepôs ao próprio currículo escolar. Hoje, contamos também com recursos tecnológicos e digitais, e dentre eles, as plataformas educacionais. Mas, como identificar a melhor plataforma? E, qual é o papel deste e outros recursos no processo pedagógico?
Para início de conversa, a melhor plataforma ou material não existe. O ser humano possui múltiplas inteligências e cada um aprende de uma maneira diferente. Por isso, a escola deve oferecer os mais diversos recursos para garantir o direito de aprender respeitando e desenvolvendo as individualidades.
Partindo da premissa de que nenhum suporte pedagógico atenderá integralmente o projeto pedagógico, que engloba a missão institucional, o currículo, as abordagens pedagógicas e as estratégias metodológicas que fundamentam a experiência de aprendizagem do estudante, acompanhar as tendências digitais também precisa ser um dos propósitos da escola, enriquecendo e ampliando as oportunidades de aprendizagem aos estudantes, pois seria incoerente oferecer uma educação analógica para gerações que crescem utilizando, também, a ponta dos dedos para se comunicar, interagir e conhecer.
Uma responsabilidade dos pais é avaliar se além do material adotado, a escola o complementa com outros suportes curados pelo professor, que assegurem um nível de exigência que desafie o estudante. Além disso, é importante entender se existe coerência entre as atividades propostas durante o percurso de aprendizagem e os instrumentos de avaliação, uma vez que esses aspectos dizem respeito a qualidade de aprendizagem do estudante. Em contrapartida, a escola precisa responder ao desafio de uma educação cada vez mais personalizada e, a tecnologia chega para tornar viável esse diferencial educacional no século XXI.
Como instrumento de apoio à aprendizagem, as plataformas não só podem como devem seguir a linguagem e as propostas educacionais para o século XXI, associando acesso à informação de forma flexível e recursos de gestão e autogestão da aprendizagem.
Desta forma, o professor pode mapear o percurso do estudante, gerando relatórios sobre habilidades desenvolvidas e outras que representam pontos de atenção, além de possibilitar ao educador tomar decisões sobre os próximos passos em relação à promoção do desenvolvimento do estudante. É desejável, também, que por meio da gamificação, torne o processo de aprendizagem mais dinâmico, desafiador e estratégico. Nesse sentido, ainda temos ofertas bem limitadas no mercado educacional, levando as escolas a se movimentarem nessa construção.
Em suma, o trabalho pedagógico apoiado por uma escola que fornece uma plataforma educacional adequada, que dialogue com as necessidades dos estudantes e possibilite aos educadores e estudantes gerirem os processos, contribui para potencializar a aprendizagem e oferecer, ainda mais visibilidade ao processo educativo e de desenvolvimento do estudante.
* Rita Rangel é Gestora Educacional Brasil da rede de colégios Santa Marcelina.
Reportagem: Da redação. Foto: Divulgação.
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