Você sabe quais são os seus direitos?

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3 de junho de 2025
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Muito se fala em Direitos Humanos no dia a dia e também muito se critica sem informação. Instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, o documento inclui direitos civis e políticos como o direito à vida, à liberdade, liberdade de expressão e privacidade, mas também, direitos econômicos, sociais e culturais, como o direito à segurança social, saúde e educação. 

Certo, mas de que forma isso está relacionado ao nosso dia a dia? Vamos tentar entender essa pergunta, com outra pergunta: “o que todas as pessoas têm em comum?”.

Mulheres e homens; crianças e idosos; heterossexuais e homossexuais, índios e orientais, brancos e negros, imigrantes e brasileiros, ministros do STF e jornalistas, médicos e pedreiros, enfim, qual é a semelhança entre todos?

A semelhança é que todos são humanos, embora diferentes em raças, sexos, opinião, orientação sexual, idealismo político, formação profissional e escolaridade, religião, essas diferenças são mínimas comparadas ao fato de que todos são iguais no fato de terem o respeito para consigo e suas ideias assegurado pela lei. 

No entanto, nem sempre foi desse jeito. Um exemplo claro e ainda presente nos dias de hoje é o racismo, que embora muitos digam não existir mais, ainda permanece enraizado na sociedade, principalmente em famílias que dizem prezar os bons costumes e as tradições da “sagrada” família brasileira.

E não para por aí. O preconceito contra homossexuais ainda é algo lamentável. Quando se trata não apenas da questão do casamento, como também da adoção e da formação de uma família, o Brasil permanece de olhos vendados e de mãos atadas com as mesmas algemas que um dia fizeram dos negros apenas animais de carga e de trabalho.

A própria igreja fecha os olhos para tais fatos a ponto de seu representante maior, recém empossado no cargo, afirmar que família seja apenas “um homem e uma mulher”. Preconceitos, intolerâncias e racismos que atravessam gerações e quando lembramos de casos históricos como o nazismo, ignoramos que ainda hoje, guerras seculares como a de Israel e Palestina também provocam a mesma tortura, o mesmo caos e números já bem elevados de mortes. 

Sem mencionar o conflito entre Rússia e Ucrânia, que levou ambos os países ao caos.

O preconceito contra o estrangeiro também é algo que precisa ser lembrado, não com relação aos europeus e norte-americanos, que na maioria das vezes são muito bem recebidos, mas principalmente com venezuelanos, peruanos, bolivianos, paraguaios, chilenos, que chegam em solo brasileiro cercados de olhos tortos, narizes empinados e muita falta de respeito e de educação.

Alguns ainda são submetidos a trabalhos escravos em oficinas de costura e trabalhos em condições escravas.

Por tudo isso que, vergonhosamente, ainda se vive não apenas no Brasil como nos países tidos de primeiro mundo, que a questão dos direitos humanos se faz tão importante e tão necessária nos dias atuais. 

Todos os direitos são universais, indivisíveis e interdependentes. Ou seja, valem no mundo, pertencendo a todos sem limites e sem influenciar um ao outro. O direito à vida, à liberdade, à segurança, à opinião, o direito à não ser preso de forma injusta e a contar com um julgamento sério, justo e que lhe permita uma ampla defesa.

Aos críticos de plantão, nunca é tarde lembrar de casos de presos injustamente por anos, com o reconhecimento equivocado de suspeitos, que pagam com a própria vida por crimes que jamais cometeram. Em São Paulo, recentemente, um PM arremessou um homem de uma ponte na Zona Sul. Agora, em maio, Gabriel Ferreira morreu durante uma abordagem policial também em São Paulo. Os PMs disseram que o jovem estava armado, mas a Defensoria disse, por sua vez, que câmeras em seus uniformes provaram o contrário –  e ainda registraram o jovem implorando pela vida, segundos antes de morrer.

É para esses casos que os direitos humanos existem, pois hoje, quem os critica, pode ser a próxima vítima. Quem não se lembra de George Floyd? O negro americano que foi morto sufocado por um policial que em momento algum atendeu aos seus apelos implorando para respirar. O homem foi morto em via pública, sufocado pelo pescoço, sem qualquer direito e sem provas de ter cometido crime algum.

Hoje, os todos têm o direito de ir e vir, o direito à educação, à saúde, ao trabalho decente, à seguir a própria orientação religiosa sem medo de qualquer intolerância, mas, muitos desses direitos ainda não são assegurados e também muitas pessoas não têm conhecimento sobre eles não têm acesso e não questionam, portanto a sua ausência.

É dever de todo cidadão garantir que, através do respeito e do conhecimento, os direitos humanos sejam efetivos, constantes e uma realidade diária no Brasil e no mundo.

Reportagem: Fernando Aires. Foto: Divulgação.

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