Alunos da Universidade de São Paulo participam de hackathon na Esalq

Centro universitário promove palestras gratuitas para todo o Brasil sobre o futuro das profissões
11 de julho de 2019
Alunos da rede pública ganham bolsa para aprender matemática na USP
12 de julho de 2019
Exibir tudo

Competição de estudantes reuniu equipes com soluções para maximizar produção e minimizar riscos das atividades agrícolas

A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo, sediou a primeira edição do “AgroHack.USP” entre os dias 2 e 4 de julho. A competição, realizada em Piracicaba, reuniu estudantes da Esalq, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP de São Carlos e da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP de São Paulo.

Os alunos se dividiram em equipes na busca por soluções para maximizar a produção e minimizar os custos e os riscos das atividades agrícolas, florestais e da produção animal. Segundo o diretor da Esalq, professor Durval Dourado Neto, a iniciativa é fundamental para incentivar a prática empreendedora na academia.

“O evento estimula a inovação e, consequentemente, o empreendedorismo. Essa é uma nova vertente da sociedade, que leva o recém-formado a empreender e gerar empregos a partir de práticas inovadoras. A competição é um incentivo à inovação fomentado pela USP”, afirma o docente.

 

Integração

Um dos coordenadores da atividade, o presidente do USP CodeLab Butantã, João Francisco Daniel, acompanhou as ações no interior paulista. “Essa é uma ação que promove a integração entre os campi da USP, já que insere estudantes de diferentes unidades desenvolvendo e programando soluções inovadoras”, avalia.

“A relevância de abordarmos aqui o tema do agronegócio é enorme, pois o setor é um dos destaques da economia do País e realmente esse mercado tem muito espaço para novidades tecnológicas em automação, controle, previsão, entre outras áreas”, salienta João Francisco Daniel.

A Agência USP de Inovação, uma das apoiadoras do evento, foi representada pelo agente de inovação Paulo Gil, que destacou a relevância da ação em promover o desenvolvimento de novas ideias. “O Agro.Hack traz novas ideias dos jovens universitários que possam ser transferidas para o campo e o setor produtivo. Assim, surgem ideias que podem certamente se concretizar em novidades aplicadas para o setor agrícola”, diz.

 

Propostas

O Agro.Hack USP teve apoio da Esalq, Agência USP de Inovação, USPCodeLab e EsalqTec, que conta com os parceiros Santos Lab, Pecege, Lallemand e Logicalis. A competição premiou os três primeiros grupos.

As propostas vencedoras podem ser conhecidas a seguir:

1º lugar: Joint Hands

De acordo com o 2º Censo AgTech Brasil, 44% das startups agtech declaram que um dos maiores desafios é realizar a primeira venda. Por isso, nasceu a Joint Hands, uma incorporadora de startups que trabalha com certificação de inovações para o agronegócio, com objetivo de diminuir os riscos de produtores e empresas que contratam serviços de startups.

“Com serviço de inteligência, contemplamos pesquisa de mercado, estudo de ofertas, demandas e mercados futuros, assim com o mapeamento das agtechs em âmbito nacional, promovemos a certificação dos serviços e o tempo de vida do projeto. Ao receber esse selo, as startups incorporadas, em estágio inicial, poderão realizar as primeiras vendas com o CNPJ da incorporadora”, explica Wilton Lopes Felix Junior, aluno da Esalq e integrante da equipe vencedora. “Foi meu primeiro hackathon, fiquei muito surpreso com a interação as possibilidades de inovação”, acrescenta.

2º lugar: Hortfinder

Plataforma B2B de e-commerce para hortifrutis que conecta o produtor com o comprador, encurtando a supply chain e trazendo mais sustentabilidade e rastreabilidade para esse mercado. Segundo os integrantes do grupo, a proposta oferece cadeias curtas de comercialização, reduzindo o desperdício de maneira sustentável e garantindo a qualidade e preço justo ao comprador.

3º lugar: Agromerado

Plataforma de conexão de produtores rurais de pequeno e médio porte que não têm acesso à tecnologia de máquinas e equipamentos no campo. Esse agrupamento, embasado na localidade dos produtores, faria com que os agricultores ganhassem poder financeiro para poder alugar máquinas para o uso em conjunto.

Cada produtor poderia escolher seu tempo de uso necessário e ao conectar todos os produtores que usariam a máquina seria feito o match entre o aglomerado de produtores e o agente que oferta a máquina a ser alugada.

 

Por: Portal do Governo.  Foto: Gerhard Waller.

Comentários