Preocupadas com o bem-estar da criança, algumas escolas contam com a presença de um profissional especializado em psicologia. O projeto “Cultivando Equilíbrio” da psicóloga e educadora emocional Denise Franco vem ao encontro desta realidade necessária.
Com as exigências apresentadas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), todas as escolas públicas e privadas têm até 2019 para se adequarem às mudanças nos ensinos básico e fundamental. Uma delas, em especial, é o preparo dos alunos para desenvolverem habilidades no controle das emoções. A presença das habilidades socioemocionais aparece nas 10 competências básicas da proposta da BNCC. Isso leva à urgência na adaptação deste aprendizado na grade curricular.
Países como Canadá e Finlândia, considerados referência mundial na educação, já contam com este ensinamento. Nos Estados Unidos, por exemplo, no Centro para a Inteligência Emocional da Universidade de Yale foi desenvolvida uma metodologia para ajudar a criança a aprender a lidar com as suas emoções. No Brasil, esta metodologia já começa a florescer, principalmente na formação e no preparo dos professores. Como apoio e agregador de valores, o projeto Cultivando Equilíbrio vem sido frequentemente procurado.
Além de palestras e grupos de estudo para pais e professores, o projeto também oferece programas personalizados para escolas. “As palestras de educação emocional são realizadas dentro do nosso projeto ‘Educando as emoções para educar’”, conta. No entanto, complementa que “há vários níveis de atuação, desde gestão a técnicas de Educação Emocional e Psicologia para investir na qualidade emocional dos pequenos”.
No processo de formação, é importante que a criança consiga compreender as situações que a envolvem, saibam resolver conflitos, façam uso da criatividade para driblar e conseguir superar as crises, até porque, em maiores ou menores proporções, os “problemas” fazem parte da vida do ser humano desde cedo.
Segundo Denise, geralmente as crianças tratam de assuntos relacionados com a visão delas sobre o mundo, sobre seus pais, sua família e como elas enfrentam os conflitos do dia-a-dia. “Muitas vezes a garotada chega preocupada demais com assuntos de adultos, ansiosa, depressiva e com dificuldades de relacionamento com familiares e amigos”, relata. No entanto, algumas delas precisam de ajuda pelas dificuldades de aprender. Além disso, precisam de alternativas como brincadeiras voltadas à aprendizagem.
Lidar com os sentimentos não é de exclusividade dos pequenos. Há casos em que os pais precisam dessa alfabetização tanto quanto seus filhos. Muitas vezes, buscando blindar o filho dos sofrimentos, os pais acabem por interferir na formação daquela criança.
“Nas sessões de orientação a pais, pensamos e repensamos o processo de educar e suas implicações. Conversamos sobre as principais questões emocionais das crianças, buscando estratégias para tornar essa relação mais agradável e feliz”, explica. Afinal, investir na educação emocional é semear para uma sociedade melhor.
Reportagem: Da redação. Foto: Divulgação.
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