O debate da desconstrução de gênero e a situação do público LGBT no mercado de trabalho é algo recente. Dia 17 de maio foi oficializado como o dia de combate à homofobia. Nesse mês os debates sobre esses temas ganham notoriedade em várias mídias.
No Hospital das Clínicas, centro referência na cidade de São Paulo sobre saúde, há um grupo comandado pelos estudantes e docentes de psiquiatria que apoia, ouve e aconselha pais, jovens e adultos sobre o assunto.
O que é para ser algo natural, pois o gênero deve ser definido pelo ser humano, e não pelo seu sexo, enfrenta resistência nas escolas, convívio social e mais tarde no mercado de trabalho. Políticas públicas são tomadas em várias partes do mundo para que a desconstrução aconteça dentro e fora de casa.
“No Brasil, com a quantidade de escolas que temos, compostas por tantos gestores, o tema vem ganhando força aos poucos. Não é papel apenas das escolas letivas e Universidades. Cursos de inglês, profissionalizantes devem e precisam se posicionar nessas frentes”, explica Leiza Oliveira, CEO de 70 escolas de inglês Minds English School.
Para promover o engajamento de crianças e jovens no tema, as redes educacionais podem começar com a roda de conversa, alterando a forma como o conteúdo é passado. Outra tática, utilizada pela Minds Idiomas, é o treinamento dos docentes. Assim, os profissionais estarão aptos para oferecer conforto e o direcionamento aos estudantes que não se identificam com o seu gênero.
“As crianças são responsáveis por desconstruir e promover a diversidade no seu dia a dia, mas sem um direcionamento não há como elas entenderem”, explica Augusto Jimenez, psicólogo e gestor educacional da Minds.
Desde julho, Augusto incluiu debates em inglês sobre o papel da mídia, educação e legislação na desconstrução de gênero. “O Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo. Nós, como uma rede de educação, não podemos fechar os olhos para isso. O mínimo que podemos fazer é debater o assunto.”, explica Augusto.
Na roda de conversas são debatidos assuntos como a inserção de pessoas transexuais no mercado de trabalho; se a questão de gênero ainda sobrepõe a questão de raça; intersexualidade e outros marcadores sociais. “Acho que um ponto importante nesses debates, além da consciência que esse aluno adquiri, é pensar e discutir em inglês. Falar uma língua, sem ser a materna, não precisa ser algo mecânico e sem conteúdo social”, finaiza Leiza.
Reportagem: Da redação. Foto: Divulgação.
Comentários