Livrarias encerram suas atividades pelo Brasil
A Livraria Saraiva fechou 20 de suas lojas espalhadas pelo Brasil. A empresa não divulgou explicitamente a relação das lojas, mas estão entre elas: as lojas de Londrina, Santos, Campinas, Alphaville e do shopping West Plaza. A loja localizada no Shopping Anália Franco, zona Leste, também foi fechada e sem aviso prévio. Esse ocorrido acabou fortalecendo o e-commerce da marca, que hoje representa 38,4% das vendas. No momento restam cerca de 84 livrarias Saraiva.
A Saraiva reportou um prejuízo de R$ 37,6 milhões, e um saldo devedor de R$296 milhões. Ao todo a rede levaria 12 anos para pagar suas dívidas, se mantivesse um fluxo de caixa constante sem mais empréstimo.
Outro grande nome do ramo, a Livraria Cultura, entrou com um pedido de recuperação judicial em outubro, e também fechou algumas portas. Dentre as lojas fechadas, está a FNAC, localizada na Avenida Paulista, e uma das maiores lojas da rede. Segundo fontes, a livraria cultura havia recebido R$130 milhões para assumir a operação brasileira da marca francesa Fnac.
A crise no setor das livrarias já vem sendo alvo de discussões desde 2013, e ambas as livrarias não estavam conseguindo liquidar o pagamento para os seus fornecedores, o que agravava a situação financeira das marcas. Em contrapartida, livrarias menores como a Martins Fontes, Livrarias Curitiba e outras, estão conseguindo se manter com um certo distanciamento da atual crise.
Em meio a esse quadro financeiro das livrarias físicas, as leituras digitais e os e-books crescem. Uma pesquisa de 2016, “Retratos da Leitura no Brasil”, mostrou que 44% da população não lia, e 30% nunca havia comprado um livro. O Ibope também soltou uma pesquisa, em conjunto com o Instituto Pró-Livro, em que 26% da população opta por livros online, conhecidos como e-Books.
Reportagem: Marina Sayuri. Foto: Divulgação.
Comentários