Para iniciar 2019, a Mercur, indústria de soluções para a saúde e educação, anunciou a entrada de novos materiais escolares – focados na acessibilidade – no varejo. São materiais escolares adaptados a necessidades específicas como um giz de cera mais grosso, por exemplo, para quem tem dificuldade de preensão palmar ou está em fase de desenvolvimento da coordenação motora.
Desde que começou a repensar seu papel enquanto indústria, a Mercur passou a buscar formas de entender as reais necessidades das pessoas e a disponibilizar seu conhecimento e estrutura para oferecer acesso a soluções que tenham significado para todos. Nessa busca, passou a se relacionar com educadores e, por meio da escuta, quando compartilharam alguns de seus desafios em sala de aula, iniciou a adaptação de produtos que já produzia, como tintas e giz de cera, para que os alunos pudessem acessar tais materiais e serem incluídos nos processos de aprendizagem.
“Alguns professores nos contaram que colocavam a tinta em um tubo de catchup, por exemplo, para ficar mais robusto, mais fácil para quem tem alguma dificuldade motora conseguir segurar. Além disso, com o bico fino desta mesma embalagem, quem não conseguia segurar o pincel, poderia pintar direto no papel”, conta a terapeuta ocupacional Cristina Fank, que atua na Mercur.
Ela relata também que outros educadores compartilharam relatos sobre o giz de cera, que era muito fino, quebrava com muita facilidade, rolava, caía no chão e, às vezes, alguns alunos só de segurar o giz já o quebravam, o que era muito frustrante e impossibilitava-os de utilizar o material. Nestes casos as professoras pegavam os pedaços quebrados, derretiam e faziam um giz maior em potes ou canos, para que os alunos com alguma necessidade específica não ficassem para trás.
Realizando oficinas de cocriação, experimentação e legitimação com educadores e comunidade, a Mercur decidiu incluir estes novos produtos, adaptações do que já produzia, em seu portfólio. “São pequenas adaptações, mas que impactam muito na vida de algumas pessoas. Você conseguir acompanhar a sua turma, conseguir realizar uma atividade com autonomia, conseguir pintar e ter contato com a educação por meio da arte, é algo que não tem preço no desenvolvimento”, comenta Cristina.
Em um primeiro momento, os recursos criados a partir dessas demandas, que hoje já são 21, entre produtos de educação e saúde, foram vendidos apenas pela Loja Mercur e nos encontros presenciais com a rede. Agora, após a sugestões e pedidos de muitas pessoas, o objetivo da Mercur é torná-los mais acessíveis a um número maior de pessoas, disponibilizando a possibilidade de compra no varejo. Por isso eles já estão disponíveis e podem ser encontrados em revendedores de todo o País.
Reportagem: Da Redação. Foto: Divulgação.
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