A educação financeira é muito mais do que uma atitude ou um planejamento financeiro; é uma combinação de ações para cortar gastos, investir e multiplicar ganhos, cujo processo precisa ser aprimorado continuamente. “Engana-se aquele que pensa que já sabe tudo em termos de finanças pessoais e que não existe espaço para aprender mais. Pelo contrário, é possível melhorar sempre, até por conta da própria dinâmica do mercado e das novidades que surgem periodicamente”, explica o professor e educador financeiro, Carlos Afonso, que também é autor do livro Organize suas finanças e saia do vermelho.
O educador financeiro alerta que, em finanças pessoais, algumas das decisões tomadas – notadamente as más – podem trazer estragos por um longo período de vida. Prova disso é o resultado do levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio, que mostra o aumento de famílias endividadas no Brasil, pelo sexto mês consecutivo. O percentual, em junho deste ano, chegou a 64%, o maior nível desde julho de 2013. Ainda de acordo com a pesquisa, cada consumidor inadimplente deve, em média, R$ 3.252,70, o que significa que cada devedor tem duas contas em aberto.
O desemprego e a inflação somaram forças e corroeram o poder de compra das famílias, que, sem muita alternativa, passaram a contrair dívidas e tentam, a todo custo, reduzir as despesas. “Ao longo dos últimos meses, muitos brasileiros passaram a encarar a educação financeira como uma arma importante para superar esse momento de crise econômica, porém, é preciso tê-la como hábito e não uma atitude de emergência”, aconselha Carlos Afonso. Mesmo sem saber, diversas pessoas cometem erros quanto à educação financeira. Pensando nisso, o Professor Carlos, explica os cinco principais:
Não se precaver para o futuro – O futuro chega para todo mundo e é preciso estar preparado para ele. É necessário contar com reservas financeiras e não só com os recursos da previdência social (que dificilmente atenderá todas as necessidades). Assim, para aproveitar a melhor idade, é preciso fazer o ‘pé de meia’ o quanto antes.
Esbanjar hoje como se não houvesse amanhã – É muito comum, por exemplo, ganhadores de prêmios da loteria acabarem com o prêmio recebido em pouco anos, assim como jogadores de futebol, que durante suas carreiras recebiam polpudos salários e, na aposentadoria, mal conseguem se manter. Acredite, o amanhã chegará e cobrará o preço daqueles que não são precavidos.
Falta de controle das finanças pessoais – A falta de controle gera o insucesso financeiro, portanto, não importa se você usa uma planilha, aplicativos ou uma folha de papel, o importante mesmo, é ter controle dos gastos.
Não dar bola para os pequenos gastos – Pequenos gastos que, a princípio podem parecer inofensivos, podem causar um buraco enorme nas contas. Subestimá-los é um erro, pois podem levar a um rombo grande se não forem controlados.
Falta de uma reserva de emergência – A maioria das pessoas não tem uma reserva para fazer frente às despesas em emergências, como desemprego ou impossibilidade de trabalhar em função de doença ou um acidente. Pense nisso, mas, principalmente, nas consequências para você e sua família se, por algum motivo, ficar sem renda.
Notícia: Da Redação. Foto: Divulgação.
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