Mesclar tecnologia e educação para gerar novos negócios para empresas e consumidores. É com essa pegada que startups tem apostado em inovar na busca de atingir diferentes públicos, sejam estudantes, profissionais e outras companhias. Empreendedores acreditam que a falta de capacitação, somada à própria deficiência da educação no País, permitem crescimento de iniciativas na área.
Uma dessas startups é a Wall Jobs. Fundada pelo empreendedor Henrique Calandra, em 2015, a ideia é conectar por meio da tecnologia empresas e profissionais com foco em vagas de estágio, trainee e empregos efetivos entry level. “”Nosso intuito é mudar a realidade do primeiro emprego. Não quero que os jovens passem pelas mesmas frustrações as quais eu vivi em busca de uma colocação no mercado”, afirma conta ele.
A plataforma é totalmente gratuita para os candidatos e soluciona os principais dilemas de quem está estudando: ter acesso a vagas exclusivas e receber orientações para se destacar nas empresas. Ao mesmo tempo, a startup desenvolveu um sistema de recrutamento e seleção de estagiários que humaniza o processo seletivo. Com três anos de existência, a Wall Jobs possui mais de 2 milhões de usuários, sendo 350 mil ativos; 2 mil empresas cadastradas; e 350 universidades conveniadas e um aumento de 70% nas vagas oferecidas, em relação ao primeiro semestre de 2017.
Startups como a de Calandra, que atrelam tecnologia ao segmento de educação, estão em pleno crescimento. Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups) em parceria com o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb) coloca a educação como principal negócio no segmento de startups no Brasil. Das quase 6 mil empresas de tecnologia em atividade no país, 7,8% (364) são edtechs. A participação é superior a categorias como fintechs (3%), de serviços financeiros, e agtechs (3,1%), de agronegócio.
“As edtechs são a bola da vez em 2019. Outras áreas já tiveram um crescimento acentuado nos últimos anos. Agora, o mercado olha para as empresas deste setor como uma oportunidade de negócio em ascensão e também com propósito”, afirma Fabio Ivatiuk, CEO da Beetools.
Ivatiuk é um desses empreendedores que apostam no poder da educação e tecnologia. Conhecida como smart school, a Beetools utiliza recursos como Realidade Virtual, Gamificação, Inteligência Artificial, Big Data, material digital, e ainda, metodologias ativas de ensino trabalhadas por um professor presencial para auxiliar no aprendizado da língua inglesa. No mercado desde junho de 2018, a Beetools irá fechar o ano com 13 unidades abertas entre Paraná, Alagoas e São Paulo. Em 2019 espera abrir mais 35 unidades e atingir um faturamento de R$ 5 milhões.
Reportagem: Da Redação. Foto: Divulgação.
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