“Não queria que a minha filha ‘apanhasse’ da língua inglesa a vida toda.”, conta a publicitária Carla Massareto, 37, mãe da aluna Clara Massareto, 9. Nos últimos anos, essa preocupação é cada vez mais comum entre os pais e tem pesado na hora de escolher uma escola para os filhos.
Uma alternativa que tem atraído a atenção dos pais são instituições que proporcionam aos seus alunos as habilidades necessárias para utilizar duas ou mais línguas em âmbito acadêmico e social por meio da metodologia do bilinguismo.
Segundo a coordenadora bilíngue do Colégio Brasil, Carolina Dias, não existe uma idade mínima para o início do aprendizado. “Nas escolas e cursos voltados para a educação infantil, a idade inicial varia de 6 meses aos 5 anos. No Colégio Brasil, o ensino bilíngue inicia-se com alunos de 3 anos de idade.”, explica Carolina.
Para que conteúdos curriculares em uma segunda língua sejam inclusos na grade do aluno, as escolas bilíngues possuem uma carga horária ampliada. “Após o período normal, são ministradas aulas extras diárias. O conteúdo dessas aulas pode acompanhar, paralelamente, o currículo normal em português ou incluir conteúdo somente do currículo internacional. No primeiro caso, as crianças estudarão em inglês o que já estudam em português. No segundo, as aulas de inglês seguem o currículo estrangeiro. Na metodologia implantada no Colégio Brasil, será ministrado conteúdo exclusivamente norte americano. “, esclarece a coordenadora.
O principal benefício da metodologia é a aquisição de uma segunda língua. Segundo Andréia Aguirre, diretora pedagógica do Colégio Santa Amália, esses benefícios não se limitam apenas a isso. No contexto bilíngue, a aprendizagem linguística é muito mais rápida. Pesquisas também apontam que a criança adquire facilidade para aprender outros idiomas futuramente.
“O raciocínio da Clara é mais ágil e tem maior capacidade de executar mais de uma tarefa ao mesmo tempo. Ela tem menos barreiras na aprendizagem e, também, percebo que ela tem vontade de aprender, perguntando e investigando o tempo todo.”, relata Carla sobre a experiência da filha.
Clara é aluna do 4º ano do fundamental do Colégio Santa Amália. A menina ainda não é fluente, no entanto, a mãe mantém muitas conversas em inglês com a garota, que já até corrige sua pronúncia.
A diretora pedagógica Andréia Aguirre ainda ressalta que não há prejuízo de aprendizado no caso de famílias que não tenham um segundo idioma. “As crianças associam rapidamente os idiomas às pessoas que os utilizam, sem prejuízo de nenhuma das línguas usadas.”, finaliza.
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